segunda-feira, maio 22, 2017


Onde vais nessa fome que te leva tão só de ti,
percorres tão solto estradas de pó, vives tão livre nessa paisagem..

sábado, abril 12, 2014

Tempos

Tempos de por onde andas. 

domingo, maio 06, 2012

Também tenho, não foi nem é como as vossas, esta é a minha....
Nunca me fez único, nunca me disse fácil, nunca me quis igual,
sempre me deu o seu tudo, o seu mais sem reservas, sem questões.
Vou adormecer sempre com aquela história que não contaste,
vou sonhar sempre com aquele elogio que ficou por fazer.... 
Uma das mulheres da minha vida, a minha Mãe.

sexta-feira, abril 27, 2012

Voltei-me a desconstruir e sinto-me renascer todos os dias......

domingo, abril 08, 2012



....é engraçado ter tão pouco quando se sente tanto.

Acho-me no que nunca me chamaste, encontro lá o quanto nos gostámos,
o gostar de gostar, todos esses silêncios comuns e entendimentos fáceis,
esse olhar revolta de vida, de prazeres e agonias tão estranhamente comuns.
Encontro-me meu amor em tudo o que nos faltou fazer,
o fim de semana em Paris, a semana em Viena, o Perfume que esqueci,
a Lingerie, o Livro, a mensagem.......
Sobrou tanto de tudo o que nos faltou fazer.

domingo, abril 01, 2012


O tempo é precioso, talvez todo aquele em que não estive aqui, tenha sido o vosso tempo.


Passaram-se anos... parecem milénios...
Horas, minutos, segundos, momentos... tormentos...
Desperdicio de tempo.

Sim... tempo,
Esse ciclo infernal, implacável...
Cadência eterna, viagem sem termo...

De repente, acende-se uma luz, uma chama...
Um som diferente, um tom dissonante...
Algo de novo?... Não!

Este é o dia em que nada mudou,
O dia... em que nada mudou.

                                                      E.Silva

quinta-feira, agosto 07, 2008

Pois é...

domingo, junho 03, 2007

Lá do cimo...

Passou mais um ano para mim, andei na Minha Luta, andei nas linhas dele, arrastei pernas para fora da cama, levei o corpo para o mar gelado, abandonei um filho, chorei uma mãe.
Nesta vida de mesa de matraquilhos, cada golo contado, cada partida marcada a dois ou a quatro, á frente ou atrás é vida viciada, é partida acabada.
Vou começar novamente, dizer que passou um ano para mim, que me levo para ti a cada vez
que me trazes quando te vais e te levas sempre que chegas.

domingo, março 11, 2007

De quando em quando o tempo sai dos livros e inscreve-se nos corredores das casas nas prateleiras dos móveis e observa mudanças iguais neste presente passado.
Não compreende que como ontem, hoje foi amanhã, e depois, é quase sempre agora.
Quando saio de mim só quero poder voltar para encontrar a prateleira, o corredor
e encontrar o tempo cá passado, mas bem arrumado, a dias, por meses.
Como sono para ficar no inconforto do vago, no corredor deste dia a dia, surdo.
Como sei das rotinas, das minhas, nunca me cansaram as dos outros.

segunda-feira, fevereiro 05, 2007

Nem sempre me aguento, passou meia hora e estúpido de mim quero apenas poder acreditar
que nestes tempos que nos passam eu não me vou deixar.
Tão sem, nestas vidas dispersas de mim, encontro-te tão com, sem nada de mim.
Estou tão vazio, tão tanto sem lugar nehum, tanto pouco do muito que me falta.
Onde estás que me cheiras e não te sinto, que te magoas e não me dóis, onde?
Podia não ter sido da mesma maneira e sempre seria igual como antes, na pausa das palavras.
Podia ter sido aos gritos e era igual nos descansos seguintes da voz, encontrada depois nos novos
parágrafos do tempo, até podia nunca ter acontecido, mas nem sempre me aguento.

segunda-feira, janeiro 15, 2007

Que dia cansado acordou hoje.
Ontem, entre jornais de hoje, cócó, bufa, pum, trac, sem fim, plena de facilidades
como onda no mar, inscreves-te em nós parvos dos outros.
Vida, vidinha, vendaval amarrado ás secretárias das horas, ás teclas sem ré, sem si,
sem dó, neste dia cansado, cinzento, adormecido.
Sei o que foi, como livro por acabar, páginas meias, parte de lá, parte de cá. Parte, parte de partes, partes cansado na manhã adormecida dos outros que dormem cansados o cansaço da mesma noite que não te deixa pregar olho, que não te prende, que não te convence, mas partes, partes sempre...

quarta-feira, janeiro 10, 2007

De novo, como antes......

Ontem, até podia ser hoje, mas ontem, como caminho chegado ao fim e estrada por começar, chegou cheio de incertezas pleno de vontades, fruto de desejo guardado. Por bem querer, um Bom Ano em especial para ti, esperança de vida lançada á Terra.

Um Bom Ano também para nós que já sabemos ler, sonhar, amar, rir, cantar, escrever, somar, traír, saltar, multiplicar, acreditar, sentir, pensar, ousar, sorrir, chorar.

Um Bom Ano Novo!

terça-feira, dezembro 12, 2006

No fio que nos separa encontro sempre a corda que nos liga.
Lá onde estás ficou a minha noite despida, ficou o luar que não quis trazer.
Nesta liberdade presa e nua sobram tempos cheios de quartos molhados.
Não encontro o teu passado em mim, olho para ontem e não me encontro lá.
Trocamos os corpos, mudamos de lugar e mudamos o lugar para trocar os corpos,
e entre preconceitos desarrumados encontra-se um novo sítio para descansar,
mas eu não quero descansar o cansaço que trago, não lhe dou tempo para chegar
de novo e dizer nada, e eu anónimo dentro de mim, não sei que fazer com este
fio que nos liga e esta corda que não me deixa deixar.
Quero fumar cigarros no luar do teu telheiro, beber-me nos teus copos, lavar-me
no teu cheiro, ter-me na tua pele, quero sempre o outro lado da corda que nos
separa, que por uma qualquer vontade nos agarra.
Deixo agora para depois a razão, deixo-me agora levar na estrada de areia,
deixo-me agora por despentear nos lençóis que quisemos ter.

quinta-feira, dezembro 07, 2006

Hoje não dei conta de sair de mim, acordei pela manhã, almoçei pela tarde, jantei na
noite. Bebi, fumei, cheirei e senti e sem saber de outras palavras, andei, sorri,
na cidade dos outros em trânsitos cheios de vermelhos intermitentes, andei nas ruas daqueles de respostas prontas. Hoje estou sem perguntas para as minhas respostas.
Estou sentado no lado certo da banco, sinto o chão molhado e a chuva que me teima ao vento, mas resisto sentado agarrando sem perceber o jornal que sobrou da manhã.
Gostava de poder guardar cada cigarro que ainda não fumei, como gostava de perder cada hora dos relógios que tive, e que já não tenho.
Os meus relógios deram-me muitas horas, cheias de dias e noites, é engraçado como quando trocamos de relógio mudamos o tempo das horas, é engraçado!

domingo, dezembro 03, 2006

Entre a noite a turnos, colheradas de sopa fria, espirais invertidas, palavras bem traçadas, esgrima de letras, letras sem tempo na memória teimosamente insatisfeita, por entre diários tão cheios de quotidiano e inevitavelmente construístas.
Entre meios vazios e cheios vagos, notas soltas de indiferença aprendida entretanto
em palavras iguais na forma, ordenadamente inócuas como desertos estéreis de sol.
Agora quero escrever palavras novas, as letras que não aprendi, as frases que nunca
tentei e que me sabem, talvez assim não me morra tão desidratado de ti.
Talvez desta vez não me chegue acontecer-me, num aparece-te que soa tanta a vem-me que vou acabar por não ir-me para aí, onde não fui e estive.
"Entre", é um espaço cheio onde tudo cabe quando me acordaste sem ti para mim.

terça-feira, novembro 28, 2006
















Quatrocentos e trinta, seiscentos e vinte, oitocentos e cinquenta
dias, horas, minutos e mais minutos, e mais horas e mais dias.
Um sábado choveu e não veio ninguém.
Um sábado não choveu, mas trouxe um novo olhar. Duas outras noites,
dois novos olhares nestes mesmos dias com falta de horas...
Um sábado já depois da chuva, vamo-nos sentar e jogar King.
Eu levo o baralho, tu a C.R.F. e aguardamos por um novo olhar.

sexta-feira, novembro 24, 2006

De repente uma Nação começou a escrever.
Já lá vai o tempo das cartas, do papel, da saliva no selo e de outras tantas merdas e de repente, um arraial de sem abrigo da informática empurram botões cansados, novos, apressadamente, carregam esboços de palavras entre um, e mais outro macaco. Sem jeito escrevem gargalhadas, está claro. Em aparelhos que não são de escrever têm sempre tanta coisa para dizer, vinte e tal minutos passados interrompidos por bips a respostas encontradas e a outras tantas por dar, tal como fim de linha em máquina de escrever, ansiosa por outro, para outra nova linha, para um outro final diferente.
Já não vemos máquinas de escrever, talvez até se escreva menos, mas será que ficou tanto por dizer, para ter tanto que escrever logo tão cedo na manhã.

domingo, novembro 05, 2006

Num registo normal, de suposta anormalidade, podemos ser coerentes através de nós num outro registo, perfeitamente normal, incoerente, e despudoradamente certo.
Cháu miúdo. Cháu cóta.

quinta-feira, novembro 02, 2006










Há momentos, fumos do fogo,
encarnados de mar, mares terra,
terras do mar, gargalhadas,
risos escondidos, cheiros
guardados, chaves secretas,
pés descalços, mãos firmes,
dedos livres, horas soltas.
Há momentos sem tempo, num
olhar único tão nú de ti.

segunda-feira, outubro 30, 2006






A paz que procuramos, muitas vezes, está nos silêncios que não sabemos ouvir.

sexta-feira, outubro 27, 2006

Das razões, com a mesma por encontrar, tantas vezes caminhos vários terminam num qualquer bar de esquina de rua em fim de noite, meia cheia de quase tudo.
Por nada quero perder quem quis para ter, por tudo quero ganhar depois de te ter. Só tu razão minha de tantos desencontros entendes os mesmos caminhos traçados nos tempos
da núdez viva e dos cheiros suados de madrugadas virgens, quentes, por tanto de nós.
Naquele quarto verde cheio de neve por caír, tão pequeno do tanto que tivémos, tão grande pêlo tanto que guardámos, encontrei uma razão para não ficar, estar bem.
Encontro-a sempre senhora razão de ontem, encontro-a hoje naquele mesmo bar, naquela
mesma rua, mas eu já não estou lá, fui-me embora para lá onde a verdade só não chega.
Fui para lá onde sinto a falta que não me fazes e o bem que nunca foste, mas que és. Por ser assim esta estranha forma de sentir, uma razão que nunca foi mais que um breve instante, foi acaso forçado de tantos momentos de bem querer a quem se quer.
Amanhã vais acordar em mim, rir no meu peito e saber que nunca saíste daqui.

quinta-feira, outubro 19, 2006

Aquele beijo, assinatura reconhecida por ventos do norte, assegurou o frágil início
das tuas esperanças, garantiu as lentas e amargas horas de espera nas outras noites.
Era tão já de manhã quando acordei tão perdido da sensatez de ontem, talvez tanto
por ter e de tanto mais querer sossegar em nós, eu.
Alegre de mim, nessa tua rua de areia fina com sentido único, lá fui de passo ligeiro, em contra-mão, procurando pelo depois antes do tempo daquele teu beijo simples e só.

quinta-feira, outubro 05, 2006

De bem estar com a vida, segue de cimo do olhar novo, um pássaro que voa alto seguro da fragilidade dos tempos, mas capaz de fazer parte do mesmo, de se superar em cada dia.
Amar é um meio, uma forma de não conseguir, não é fim nem começo nem o fim.
Grávida de tantos sonhos acorda dos seus dezasseis anos numa outra estação desta mesma cidade, igual no seu íntimo de quotidianos desfeitos em camas por fazer.
É o assegurar derrotas em mêdos de vitória, por vezes tão mais simples, tão mais reais.
Uma outra estação, engravidadas, grávidas, razões encarnadas para tantas camisolas,
outra estação, engravidadores, pais, filhos, filhos que nunca disseram pai, mães que nunca disseram homem, homens que nunca foram miúdos, miúdos que são pais......
Abrimos sempre os convites por recusar, recusando assim a única razão válida para os aceitar.
São os jantares em que não se comeu mas se esteve, os filmes que foram vistos sem querer ver, um olhar mais ousado com vontade de mais saber que se rejeita em desvio rápido e frágil, aceitando assim a única razão pela qual não se pode recusar um convite, querer, só.

domingo, setembro 24, 2006

"A noite passada acordei com o teu beijo, descias o Douro e fui esperar-te ao Tejo......".

Na noite passada acordei-te no Tejo, desçeste-me o beijo, deste-me o mote, encontrei-te na saliva, deste-me a morte, levaste-me a vida em horas repetidas com olhos brilhantes de mais querer, com olhos brilhantes de bem saber que a vida leva tempo a morrer. Na noite passada o
o nosso tempo chegou pela madrugada tão vazios de nós, tão cheios de tanto nada.

"Cheguei-me a ti e disse baixinho, olá".

sábado, setembro 16, 2006

Não consigo mais pensar, trémulo nas verdades, assertivo nos desesperos partilho quotidianos nossos com tanto muito de mim. Hoje quis ser ontem mas o amanhã já chegou tarde. Ontem
foi hoje mas o querer não era igual, entre mim e eu, tu e mim, nós em mim, mim em nós sobra vergonhosamente a sensatez da dúvida dum fim por acabar.
Hoje queres voar, ir mais além para lá da madrugada, mas eu não, eu vou bastar-me com o desejo dum novo dia, duma nova côr na madrugada, dum sonho desigual...
Sabes tempo, eu não tenho tanto tempo do tempo que tenho. Vou-me indo a cada hora para lá da outra margem e não paguei, não pago, aproveito a boleia e a corrente que está de feição.
Conheço um lugar que não sabes entre nós, dentro, saio leve como vento, suave como toque, saio sempre para poder voltar a entrar, para depois poder voltar a sair...

segunda-feira, setembro 04, 2006

Novamente seguro de mim sigo estrada certa rumo ao agridoce desconhecido, à verdade por saber, ao concreto das decisões, na mentira ganho consciência da verdade que me acompanha,
seguro das inseguranças dos outros, certo das minhas incertezas. É somente querer chegar para então poder partir, embarcar na chegada que começou, saber que numa qualquer noite talvez um dia me reveja pela manhã ao acordar junto de ti...

domingo, agosto 20, 2006

Acordei morto de ti, tão só de ti, vejo agora que foste sempre só tu em mim, sem eu.
Conseguirias alguma vez ser o meu homem em ti?, conseguiria eu ser a tua mulher em mim?.
E vago de ti, longe, em estradas descalças tento encontrar o meu homem em qualquer mulher que diga olá como estás?
, que me diga bom dia quando a noite começou.
E novamente na estrada interrogo os sinais, os trânsitos, as normas, os paradoxos, os sentidos.
Desculpa quarto mas não tenho tido tempo, por entre correres sem sentido, palavras mal gastas e salivas que até tu reconhecerias privei-me do nosso tempo.
Está para chegar o tempo do vinho, das vindimas perdidas ganhas em pipas de melhor ou pior qualidade, vai chegar o mesmo Outono em que te senti pela última vez e novamente o meu coração vai bater como cavalo desenfreado em prado virgem. Como disse um amigo; Para quê comprar um caixão?... o sentido seria alugá-lo por umas horas,... depois tudo começaria novamente,... assim sempre teriamos um transtorno menor.

sábado, julho 22, 2006

Um dia foi sábado e acordei junto de mim na borda da cama cansada pelos tempos de espera.
Não era a minha que estava sempre alinhada, sempre pronta para ela própria. A minha cama não me pertence, nem a cama onde acordei, nem cama nenhuma onde já tenha tido que acordar, ou até de dormir.
Naquele sábado, senti a falta da cama que certamente tinha sentido a minha falta. Certamente que a minha cama, só de mim, não passou bem, não pode ter passado.
De olhos cansados olho sem ver um quarto grande com a côr deslavada pelos anos e as paredes cansadas pelo esforço de tantos quadros de tantos restos de antigamente. Realmente é grande tem duas janelas que abrem para dentro, cortinas uma tábua ao centro, uma casa de banho com mais duas janelas e um chão de pedra bujardada fabuloso, é grande.
Tem muita luz este Domingo que me envolve fresco, de porta entreaberta, em que as horas restantes são minutos contados num relógio de corda onde os atrasos são mais fáceis de entender. Afinal já passou é Segunda ou Sexta, é igual amanhã ou depois vai ser outra vez Sábado e vou poder dormir novamente sem pressa na cama na cama que me quiser.

domingo, julho 16, 2006

Fazemos aquilo que somos, conversamos gostos, discutimos prazeres e voltamos para acordar novamente a meio duma viagem, num caminho com falta de sentido para o desejado fim.
Sempre a caminho para lugar nenhum, cheio de tudo de um lado cheio de nada do outro.
Hoje voltei a "apanhar o comboio", sentei-me no mesmo lugar de há vinte anos junto à janela
do lado contrário à linha, os mesmos cheiros, as mesmas roupas, até as pessoas no seu igual quotidiano enremeladas por noites mal dormidas lá estavam. Agora todos vão a ler o jornal, talvez tenha sido a única mudança desde então, agora as pessoas sabem mais. Na altura compráva-se o jornal que era lido, as notícias discutidas e por fim ainda era levado para casa
porque sempre dáva jeito para forrar o balde do lixo. Hoje não, hoje não é assim.
Agora dão-nos as notícias em jornal fresco do dia quando entramos na estação, como não se paga todos lemos as notícias enquanto o destino chega, depois com a mesma facilidade que veio fica abandonado dando até ar de quem por lá passou os olhos não o percebeu, mas há sempre a possibilidade do próximo pegador de jornal o perceber pois agora os jornais já não vão para casa, não fazem falta, agora as pessoas sabem mais e há sacos para o balde do lixo.
A meio do caminho, numa outra mesma estação dou-me conta da chegada a casa, dum mesmo sentir de final de dia Verão, agora também temos uma voz sensualmente femenina que se anuncia indicando as horas e os lugares de cada um.
Tive que parar para poder viajar......