quinta-feira, dezembro 07, 2006

Hoje não dei conta de sair de mim, acordei pela manhã, almoçei pela tarde, jantei na
noite. Bebi, fumei, cheirei e senti e sem saber de outras palavras, andei, sorri,
na cidade dos outros em trânsitos cheios de vermelhos intermitentes, andei nas ruas daqueles de respostas prontas. Hoje estou sem perguntas para as minhas respostas.
Estou sentado no lado certo da banco, sinto o chão molhado e a chuva que me teima ao vento, mas resisto sentado agarrando sem perceber o jornal que sobrou da manhã.
Gostava de poder guardar cada cigarro que ainda não fumei, como gostava de perder cada hora dos relógios que tive, e que já não tenho.
Os meus relógios deram-me muitas horas, cheias de dias e noites, é engraçado como quando trocamos de relógio mudamos o tempo das horas, é engraçado!