segunda-feira, outubro 30, 2006






A paz que procuramos, muitas vezes, está nos silêncios que não sabemos ouvir.

sexta-feira, outubro 27, 2006

Das razões, com a mesma por encontrar, tantas vezes caminhos vários terminam num qualquer bar de esquina de rua em fim de noite, meia cheia de quase tudo.
Por nada quero perder quem quis para ter, por tudo quero ganhar depois de te ter. Só tu razão minha de tantos desencontros entendes os mesmos caminhos traçados nos tempos
da núdez viva e dos cheiros suados de madrugadas virgens, quentes, por tanto de nós.
Naquele quarto verde cheio de neve por caír, tão pequeno do tanto que tivémos, tão grande pêlo tanto que guardámos, encontrei uma razão para não ficar, estar bem.
Encontro-a sempre senhora razão de ontem, encontro-a hoje naquele mesmo bar, naquela
mesma rua, mas eu já não estou lá, fui-me embora para lá onde a verdade só não chega.
Fui para lá onde sinto a falta que não me fazes e o bem que nunca foste, mas que és. Por ser assim esta estranha forma de sentir, uma razão que nunca foi mais que um breve instante, foi acaso forçado de tantos momentos de bem querer a quem se quer.
Amanhã vais acordar em mim, rir no meu peito e saber que nunca saíste daqui.

quinta-feira, outubro 19, 2006

Aquele beijo, assinatura reconhecida por ventos do norte, assegurou o frágil início
das tuas esperanças, garantiu as lentas e amargas horas de espera nas outras noites.
Era tão já de manhã quando acordei tão perdido da sensatez de ontem, talvez tanto
por ter e de tanto mais querer sossegar em nós, eu.
Alegre de mim, nessa tua rua de areia fina com sentido único, lá fui de passo ligeiro, em contra-mão, procurando pelo depois antes do tempo daquele teu beijo simples e só.

quinta-feira, outubro 05, 2006

De bem estar com a vida, segue de cimo do olhar novo, um pássaro que voa alto seguro da fragilidade dos tempos, mas capaz de fazer parte do mesmo, de se superar em cada dia.
Amar é um meio, uma forma de não conseguir, não é fim nem começo nem o fim.
Grávida de tantos sonhos acorda dos seus dezasseis anos numa outra estação desta mesma cidade, igual no seu íntimo de quotidianos desfeitos em camas por fazer.
É o assegurar derrotas em mêdos de vitória, por vezes tão mais simples, tão mais reais.
Uma outra estação, engravidadas, grávidas, razões encarnadas para tantas camisolas,
outra estação, engravidadores, pais, filhos, filhos que nunca disseram pai, mães que nunca disseram homem, homens que nunca foram miúdos, miúdos que são pais......
Abrimos sempre os convites por recusar, recusando assim a única razão válida para os aceitar.
São os jantares em que não se comeu mas se esteve, os filmes que foram vistos sem querer ver, um olhar mais ousado com vontade de mais saber que se rejeita em desvio rápido e frágil, aceitando assim a única razão pela qual não se pode recusar um convite, querer, só.