domingo, setembro 24, 2006

"A noite passada acordei com o teu beijo, descias o Douro e fui esperar-te ao Tejo......".

Na noite passada acordei-te no Tejo, desçeste-me o beijo, deste-me o mote, encontrei-te na saliva, deste-me a morte, levaste-me a vida em horas repetidas com olhos brilhantes de mais querer, com olhos brilhantes de bem saber que a vida leva tempo a morrer. Na noite passada o
o nosso tempo chegou pela madrugada tão vazios de nós, tão cheios de tanto nada.

"Cheguei-me a ti e disse baixinho, olá".

sábado, setembro 16, 2006

Não consigo mais pensar, trémulo nas verdades, assertivo nos desesperos partilho quotidianos nossos com tanto muito de mim. Hoje quis ser ontem mas o amanhã já chegou tarde. Ontem
foi hoje mas o querer não era igual, entre mim e eu, tu e mim, nós em mim, mim em nós sobra vergonhosamente a sensatez da dúvida dum fim por acabar.
Hoje queres voar, ir mais além para lá da madrugada, mas eu não, eu vou bastar-me com o desejo dum novo dia, duma nova côr na madrugada, dum sonho desigual...
Sabes tempo, eu não tenho tanto tempo do tempo que tenho. Vou-me indo a cada hora para lá da outra margem e não paguei, não pago, aproveito a boleia e a corrente que está de feição.
Conheço um lugar que não sabes entre nós, dentro, saio leve como vento, suave como toque, saio sempre para poder voltar a entrar, para depois poder voltar a sair...

segunda-feira, setembro 04, 2006

Novamente seguro de mim sigo estrada certa rumo ao agridoce desconhecido, à verdade por saber, ao concreto das decisões, na mentira ganho consciência da verdade que me acompanha,
seguro das inseguranças dos outros, certo das minhas incertezas. É somente querer chegar para então poder partir, embarcar na chegada que começou, saber que numa qualquer noite talvez um dia me reveja pela manhã ao acordar junto de ti...