sexta-feira, outubro 27, 2006

Das razões, com a mesma por encontrar, tantas vezes caminhos vários terminam num qualquer bar de esquina de rua em fim de noite, meia cheia de quase tudo.
Por nada quero perder quem quis para ter, por tudo quero ganhar depois de te ter. Só tu razão minha de tantos desencontros entendes os mesmos caminhos traçados nos tempos
da núdez viva e dos cheiros suados de madrugadas virgens, quentes, por tanto de nós.
Naquele quarto verde cheio de neve por caír, tão pequeno do tanto que tivémos, tão grande pêlo tanto que guardámos, encontrei uma razão para não ficar, estar bem.
Encontro-a sempre senhora razão de ontem, encontro-a hoje naquele mesmo bar, naquela
mesma rua, mas eu já não estou lá, fui-me embora para lá onde a verdade só não chega.
Fui para lá onde sinto a falta que não me fazes e o bem que nunca foste, mas que és. Por ser assim esta estranha forma de sentir, uma razão que nunca foi mais que um breve instante, foi acaso forçado de tantos momentos de bem querer a quem se quer.
Amanhã vais acordar em mim, rir no meu peito e saber que nunca saíste daqui.