terça-feira, novembro 28, 2006
















Quatrocentos e trinta, seiscentos e vinte, oitocentos e cinquenta
dias, horas, minutos e mais minutos, e mais horas e mais dias.
Um sábado choveu e não veio ninguém.
Um sábado não choveu, mas trouxe um novo olhar. Duas outras noites,
dois novos olhares nestes mesmos dias com falta de horas...
Um sábado já depois da chuva, vamo-nos sentar e jogar King.
Eu levo o baralho, tu a C.R.F. e aguardamos por um novo olhar.

sexta-feira, novembro 24, 2006

De repente uma Nação começou a escrever.
Já lá vai o tempo das cartas, do papel, da saliva no selo e de outras tantas merdas e de repente, um arraial de sem abrigo da informática empurram botões cansados, novos, apressadamente, carregam esboços de palavras entre um, e mais outro macaco. Sem jeito escrevem gargalhadas, está claro. Em aparelhos que não são de escrever têm sempre tanta coisa para dizer, vinte e tal minutos passados interrompidos por bips a respostas encontradas e a outras tantas por dar, tal como fim de linha em máquina de escrever, ansiosa por outro, para outra nova linha, para um outro final diferente.
Já não vemos máquinas de escrever, talvez até se escreva menos, mas será que ficou tanto por dizer, para ter tanto que escrever logo tão cedo na manhã.

domingo, novembro 05, 2006

Num registo normal, de suposta anormalidade, podemos ser coerentes através de nós num outro registo, perfeitamente normal, incoerente, e despudoradamente certo.
Cháu miúdo. Cháu cóta.

quinta-feira, novembro 02, 2006










Há momentos, fumos do fogo,
encarnados de mar, mares terra,
terras do mar, gargalhadas,
risos escondidos, cheiros
guardados, chaves secretas,
pés descalços, mãos firmes,
dedos livres, horas soltas.
Há momentos sem tempo, num
olhar único tão nú de ti.