domingo, dezembro 03, 2006

Entre a noite a turnos, colheradas de sopa fria, espirais invertidas, palavras bem traçadas, esgrima de letras, letras sem tempo na memória teimosamente insatisfeita, por entre diários tão cheios de quotidiano e inevitavelmente construístas.
Entre meios vazios e cheios vagos, notas soltas de indiferença aprendida entretanto
em palavras iguais na forma, ordenadamente inócuas como desertos estéreis de sol.
Agora quero escrever palavras novas, as letras que não aprendi, as frases que nunca
tentei e que me sabem, talvez assim não me morra tão desidratado de ti.
Talvez desta vez não me chegue acontecer-me, num aparece-te que soa tanta a vem-me que vou acabar por não ir-me para aí, onde não fui e estive.
"Entre", é um espaço cheio onde tudo cabe quando me acordaste sem ti para mim.

1 Comments:

Blogger nuno disse...

talvez nesse pouco acontecer, de não aparecer e ir por aí, entre tudo o que sobra por existir e dizer, talvez se possa ainda falar e soletrar: v.i.d.a.

12/04/2006 02:25:00 da tarde  

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