domingo, agosto 20, 2006

Acordei morto de ti, tão só de ti, vejo agora que foste sempre só tu em mim, sem eu.
Conseguirias alguma vez ser o meu homem em ti?, conseguiria eu ser a tua mulher em mim?.
E vago de ti, longe, em estradas descalças tento encontrar o meu homem em qualquer mulher que diga olá como estás?
, que me diga bom dia quando a noite começou.
E novamente na estrada interrogo os sinais, os trânsitos, as normas, os paradoxos, os sentidos.
Desculpa quarto mas não tenho tido tempo, por entre correres sem sentido, palavras mal gastas e salivas que até tu reconhecerias privei-me do nosso tempo.
Está para chegar o tempo do vinho, das vindimas perdidas ganhas em pipas de melhor ou pior qualidade, vai chegar o mesmo Outono em que te senti pela última vez e novamente o meu coração vai bater como cavalo desenfreado em prado virgem. Como disse um amigo; Para quê comprar um caixão?... o sentido seria alugá-lo por umas horas,... depois tudo começaria novamente,... assim sempre teriamos um transtorno menor.

2 Comments:

Blogger Margarida disse...

Sempre que entro neste post, apetece-me roubar algumas expressões e sair de mansinho, sem ninguém perceber, do quarto. Por exemplo, agarrava já no "morto de ti" numa mão e no "vago de ti" noutra e zarpava. Mas não gosto muito de quartos vazios, por isso, não levo nada.

9/10/2006 11:12:00 da tarde  
Blogger Quarto do Tempo disse...

Acredito que trazes sempre mais do que aquilo que levas, fica o eco das tuas palavras, o sentido de ti.
Este quarto já esteve vazio...

9/11/2006 10:21:00 da tarde  

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